O quarto ponto citado no roteiro de Fernando Pessoa
é o Museu Nacional do Azulejo, um
tantinho afastado dos outros locais indicados, instalado no antigo convento da
Madre de Deus, com uma mistura interessante de estilos.
O museu conta a história do azulejo, desde a
dominação árabe, com peças de vários estilos e retratando cenas de caça,
românticas e religiosas, dentre outras.
Também estavam expostos murais onde eram retratadas
cenas das fábulas de La Fontaine.
E a peça mais impressionante: o grande mural de mais
de 20 metros que retrata a Lisboa anterior ao grande terremoto.
Por fim, cabe descansar e tomar uma bebida no café
do museu, decorado com, óbvio, azulejos e peças antigas de cozinha!
A próxima indicação é a Casa dos Bicos, em razão de se tratar de uma curiosidade
arquitetônica.
O prédio foi construído em 1523, por Brás de
Albuquerque, filho de Afonso de Albuquerque, sendo peculiar a sua fachada cheia
de elementos pontiagudos. Fernando Pessoa diz que, por isto, chegou a ser
chamada de Casa dos Diamantes.
Atualmente ali funciona o Centro de Documentação
sobre os descobrimentos portugueses.
Depois disto, vamos à Sé, erguida em 1150 sobre uma mesquita. Foi completamente
restaurada depois do terremoto, motivo porque apresenta um mix de estilos
diferentes.
Dentro está a pia onde foi batizado Santo Antônio em
1195. Também estão ali as relíquias de São Vicente, o padroeiro da cidade.
Saindo da Sé, dirigimo-nos ao onipresente Castelo de São Jorge, no topo da colina
mais alta de Lisboa.
Foi construído pelos árabes entre os Séculos X e XI.
Existem no local vestígios do Século VI, com trabalhos arqueológicos.
Depois da tomada da cidade dos mouros, o castelo
abrigou o palácio real.
A vista lá de cima é belíssima, podendo-se passear
por suas muralhas e divisar um pouco da história da cidade.