O primeiro itinerário proposto por Fernando Pessoa e que
consta do livro de João Correia Filho é chamado Terra à Vista, porque a maioria
dos viajantes chegava a Lisboa por mar e, em consequência, desembarcava no
icônico Rio Tejo, palco da história de Portugal e, por consequência, do Brasil.
A primeira atração listada é a Câmara Municipal, considerada por Fernando Pessoa como um dos mais
belos edifícios de Lisboa, que tem grandes colunas e, na sua frente, um
pelourinho. Em 1910 foi proclamada a República da varanda do edifício.
Caminhando uns poucos passos, chega-se à Praça do Comércio, que é conhecida como
Terreiro do Paço, porque abrigou o palácio real por 400 anos, sendo símbolo da
reforma feita pelo Marquês de Pombal depois do grande terremoto que assolou e
praticamente destruiu Lisboa.
No centro da praça existe uma estátua equestre em bronze
do Rei José I.
Grandiosa a praça, com um enorme arco do triunfo, onde
está o Supremo Tribunal de Justiça, com numerosos cafés, galerias e turistas
circulando. Em outras épocas, ali ocorreram cortejos de reis e rainhas,
inclusive, o assassinato do Rei Carlos I e de seu filho Luís Felipe.
Depois de atravessar a praça, admirando a sua
arquitetura, é hora de um pit stop, que pode ser feito no Café Martinho da Arcada, fundado em 1782, e considerado o café mais
antigo de Lisboa, frequentado por Fernando Pessoa, que tinha mesa cativa e que
é preservada até hoje.
Quando nos viu com o livro que falamos no post anterior,
o atendente nos trouxe o folder do estabelecimento e nos presenteou com uma
foto de Fernando Pessoa, que reproduzimos a seguir.
Saindo do café, seguimos pela Rua Augusta, essencialmente
comercial, apreciando as vitrines, os cafés espalhados pela calçada (afinal, é
verão!) e chegamos até o Elevador do
Carmo, mais conhecido como Santa Justa, que leva da Baixa até o Largo do
Carmo.
O elevador tem 45 metros de altura, equivalendo a um
prédio de 15 andares. Além de sua arquitetura lindíssima, o entorno é de tirar
o fôlego!
Uma fila bem razoável e subimos nós no elevador em estilo
neogótico criado pelo português de origem francesa Raoul Mesnier Du Ponsard
para admirar uma das vistas mais espetaculares de Lisboa, mais bonita ainda sob
a luz do verão!
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