sexta-feira, 23 de março de 2012


TURISMETRÔ – SÃO PAULO - BRASIL



São Paulo, por seu tamanho e quantidade de opções, é destino de muitas pessoas, seja para fazer turismo ou para negócios, mas existe uma opção diferente para olhar pontos interessantes da cidade, o Turismetrô, que tem cinco roteiros pelos locais históricos em sábados e domingos, com guias bilíngües e especializados. E o deslocamento é feito pelo metrô!!!



Tudo começa na Estação da Sé. Primeiro, escolhemos uma entre as cinco opções de roteiros – o primeiro, Turismo na Sé - que o programa oferece, fazendo a inscrição em seguida (tem que fazer com até trinta minutos de antecedência) no balcão exclusivo lá existente. Depois compramos os bilhetes necessários!


Durante o percurso, os guias contam a história de São Paulo e há intervenções artísticas realizadas por atores que interpretam diferentes personagens em alguns pontos dos trajetos, contando curiosidades de uma forma divertida e dinâmica.


Saímos com destino a Estação São Bento. A partir daí, visitamos a Igreja de São Bento (com visita interna); Largo de São Bento; Praça Antônio Prado; Rua 15 de Novembro; Rua do Comércio;Largo do Café; Praça do Patriarca; Igreja Santo Antônio; Rua da Quitanda; Centro Cultural Banco do Brasil (com visita interna); Pateo do Collegio (com visita interna); Capela do Beato Padre Anchieta; Casa nº 1; Beco do Pinto; Solar da Marquesa (com visita interna); Centro Cultural da Caixa Econômica; Praça da Sé; e Marco Zero Catedral da Sé (com visita interna à Catedral).



O passeio dura cerca de 3 horas e é todo feito a pé, por isso é preciso ter uma certa disposição, mas o esforço é recompensado, porque a exposição dos guias equivale a uma verdadeira aula de história e a apresentação dos atores é realmente surpreendente!


Ademais, os detalhes da arquitetura desses imóveis seculares são de um esplendor indescritível!

O prédio do Centro Cultural Banco do Brasil data de 1927 e é extremamente bem conservado; possui muitos detalhes em latão que, de tão dourado, parece ouro. Para visitar o antigo cofre do Banco, que fica no subsolo do prédio, pegamos um elevador daqueles bem antigos, com portões de ferro. Lá, nos deparamos com as portas originais do cofre que impressionam pela largura, tamanho e peso.




É incrível como poucas pessoas conhecem essa opção de passeio em São Paulo! Esperamos retornar para fazermos os outros roteiros e conhecer mais da grande metrópole do Brasil!..


sexta-feira, 16 de março de 2012


BAALBEK - LÍBANO


O Líbano, país pequenino com pouco mais de 10.000 km2, encravado no Oriente Médio, em zona conflituosa desde há muito, reserva boas surpresas a seus visitantes.


A capital é uma cidade alegre, com uma vida noturna intensa e vem tentando se recuperar das guerras que assolaram o país em um passado recente.

Dentro de um território tão pequeno, é espantosa a variedade de atrações que se oferecem aos turistas.

Um litoral belíssimo, banhado pelo Mar Mediterrâneo, montanhas nevadas e muita história, espalhada em todos os lugares, podendo se fazer referência às cidades de Tiro – onde há ruínas em profusão -, Sidon, Biblos e outros lugares que merecem uma visita, como a Harissa e a tumba do escritor Gibran.

Mas o lugar que mais nos impressionou foi Baalbek, cidade localizada no Vale do Bekaa, mais especificamente a cidade antiga, que se compõe de ruínas do período greco-romano, e que é patrimônio mundial.
A cidade fica a uma distância aproximada de 90 km da capital, Beirute, tendo o nosso deslocamento sido feito de carro, contemplando lindas montanhas cobertas de neve, já que viajamos no inverno. As estradas são sinuosas, com alguns trechos precários, lembrando certas estradas do nosso Brasil.

Chegando lá, a grandiosidade dos monumentos impressiona!

Baalbek, segundo os registros, foi uma cidade fenícia, onde se cultuava o deus Baal – lembram das aulas de história? -, deus das tempestades e da chuva, passando posteriormente a ser chamada de Heliópolis, que quer dizer Cidade do Sol.

Atualmente, é possível a visitação ao complexo de três templos da época romana, dedicados aos deuses Baco, Júpiter e Vênus.

O templo que está em melhor estado é o de Baco, com arquitetura peculiar, sendo possível entrar e apreciar os detalhes da decoração, de entalhes, que descrevem o culto àquele deus. Foi-nos informado pelo guia que a Igreja da Madalena em Paris teve inspiração neste templo.


Por sua vez, do templo de Júpiter somente restaram seis colunas enormes de granito, com 22 m de altura e 2,20 m de diâmetro, constando que, originalmente, existiam doze destas colunas.


Ainda existem resquícios do templo de Vênus, que tinha planta original circular.


O que ainda se vê de Baalbek resistiu a vários terremotos, sendo que o ocorrido em 1759 causou o desmoronamento de três das nove colunas ainda existentes na época no templo de Júpiter.

A impressão causada pela grandiosidade é enorme! Curioso imaginar como seria aquela cidade em seu pleno esplendor!

Para percorrer as ruínas, tivemos o acompanhamento de um guia libanês contratado no local mesmo, que morou por muitos anos no Brasil, falando consideravelmente bem o nosso idioma, o que facilitou a compreensão sobre os lugares e detalhes do local.

Atualmente, no verão, ocorre nas ruínas o Festival Internacional de Baalbek, evento cultural, onde se apresentam artistas do mundo inteiro.


E, ao retornar, na estrada, ainda fomos presenteados com este pôr do sol!!

segunda-feira, 12 de março de 2012


FORTE SÃO MARCELO – SALVADOR - BAHIA
Salvador é conhecida por sua beleza arquitetônica colonial, seu litoral recheado de belíssimas praias e a alegria dos seus moradores, que culmina em um dos melhores carnavais do Brasil.

São muitas suas atrações: o Pelourinho, a Barra, inúmeras igrejas, diversos museus interessantíssimos e muita, muita festa, tudo com um bom astral contagiante.

Mas existe lá um lugar mais que especial. Um forte localizado em plena Baía de Todos os Santos, com acesso somente por barco, o Forte São Marcelo.


A construção do São Marcelo remonta o ano de 1650, com a finalidade de proteger a cidade, que, na época, resumia-se somente a uma parte da atual Cidade Alta e também da Cidade Baixa, nas proximidades do Elevador Lacerda. Sua conclusão somente ocorreu em 1728, ou seja, 78 anos depois.

Avista-se o forte da parte de cima da cidade, quando se sai do Elevador Lacerda e está bem pertinho do Mercado Modelo. O acesso se dá em embarcações, com passagens vendidas no Centro Náutico, que fica nas proximidades do mercado, sendo uma viagem rápida e sem sustos.

Resolvemos conhecer o local e, de quebra, almoçar no restaurante ali instalado, o Buccaneros, de cozinha contemporânea e decoração náutica, e com o bônus de ter uma vista absolutamente maravilhosa de Salvador.


Antes disso, e logo depois de entrar na fortaleza, passamos a explorá-la.
O forte é guarnecido com uma muralha em formato circular, com um torreão no centro, sendo que, em suas dependências, existe um museu com material sobre as rotas de navegação, sobre a rotina do forte, além da história de Salvador na época, o que atiçou a curiosidade das crianças e nossa também.

Depois do almoço, descansamos um pouco e resolvemos fazer o passeio na caravela Príncipe Regente, uma réplica das antigas caravelas.



A tripulação vem vestida a caráter, relembrando a época do descobrimento, dando um toque pomposo. Éramos poucas pessoas para embarcar na caravela, que faz um tour na Baía de Todos os Santos, do Forte Mont Serrat até o Santo Antonio da Barra, com a descrição dos locais por onde passamos e o que ali ocorreu no passado. Boa aulinha de história!! 


Quando do retorno, atracamos novamente no Forte São Marcelo, desta vez para apreciar o belíssimo pôr do sol que nos aguardava, e, para ver melhor, escalamos as muralhas. Vejam só o festival de cores e beleza de tirar o fôlego!!





Ficamos um pouco mais por ali, sentindo a brisa até o retorno, tranquilo, a terra..

sexta-feira, 2 de março de 2012


CHATEAU VAUX-LE-VICOMTE - FRANÇA


Como todos sabem, são muitos os castelos da Europa, existindo roteiros que se dedicam à exploração de várias destas propriedades.

Um destes castelos, que ainda não é tão intensamente visitado, apesar de estar pertinho de Paris – somente cerca de 50 quilômetros – tem uma história absolutamente interessante e é belíssimo, muito bem cuidado e permite ao visitante fazer a visita com tranquilidade, sem aquela infinidade de turistas falando em todos os idiomas. Na realidade, na primeira vez em que fomos a este castelo, não havia outros visitantes; e na segunda vez somente umas poucas pessoas.



Mas, definitivamente, isto não quer dizer que o Castelo de Vaux-le-Vicomte não seja interessante. Pelo contrário!! Inclusive foi utilizado em diversas produções cinematográficas, como O Homem da Máscara de Ferro e Maria Antonieta.

O castelo, de propriedade do superintendente de finanças do Rei Luís XIV, Nicolas Fouquet, foi lindamente construído em estilo barroco, sob a responsabilidade do arquiteto Vau, o pintor Le Brun e o paisagista Le Nôtre, os mesmos que posteriormente, por ordem do rei, construíram o Castelo de Versalhes, dizem que motivado pela inveja...



O fato mais relevante da história do castelo ocorreu no dia 17 de agosto de 1661, quando Fouquet deu uma festa para receber o rei Luís XIV e sua corte, celebrando o final dos trabalhos de melhorias realizado do castelo, cuja beleza deslumbrou a todos. Nesta festa de inauguração, foi apresentado um espetáculo de Moliére e, ao final, um festival de fogos de artifício. Diz-se que, a partir de então, este foi o modelo utilizado para as festas reais futuras.



Conta-se que o rei, antes da realização da festa, já tinha a intenção de prender Fouquet, o que ocorreu em setembro do mesmo ano (a ordem de prisão foi cumprida por D’Artagnan), com a sua condenação à prisão, onde permaneceu por longos anos. Há versões que defendem que era Fouquet o prisioneiro conhecido como Máscara de Ferro.

Bom, feita esta alusão à história do castelo, vamos aos detalhes práticos!

Para chegar ao castelo, preferimos contratar uma van, porque viajamos com diversos amigos, o que facilitou o acesso, já que, de outra forma, seria preciso pegar um trem e depois uma navette, dependendo do horário, até lá. Na primeira visita, o guia que nos levou era um tanto apressado e nos deixou com gosto de “quero mais”. Daí o retorno ocorrido em outra viagem, sendo que, nesta segunda, contratamos em Paris o guia Luiz, que nos transportou ao castelo, onde ficamos com muito mais tranquilidade para explorar a sua beleza.

A estrada no trecho chegando ao castelo é bonita, como mostra a foto que tiramos no caminho.



 Um detalhe interessante é que, ao entrar no castelo, é possível aos visitantes alugar trajes de época, para entrar no clima mais rápido... Quando fomos, algumas crianças estavam sendo vestidas com estas roupas. Estavam lindas!!

O castelo é muito bem cuidado, com um museu de carruagens logo na entrada e, em seguida, entramos diretamente em seus jardins simétricos, com diversos lagos e fontes. Estava um pouco frio, com uma chuvinha fina, mas deu para passear e explorar o local, além de capturar belas fotos.



 Dentro do castelo, chama a atenção o grande salão, em formato oval, o que não é muito usual.



 Também existem ambientes com manequins vestidos com roupas de época, reproduzindo os bailes e os trabalhos da cozinha do passado, o que não deixa de dar uma sensação estranha...


Também é possível subir ao domo, por um caminho labiríntico e uma escadinha bem íngreme, mas a vista dos jardins de lá vale a pena!!! Tiramos várias fotos da paisagem que circunda o castelo.


 Por fim, na saída, mais uma boa surpresa, porque existe uma loja de souvenirs, que não é como as outras. São produtos de bom gosto e de boa qualidade, inclusive de decoração. Para quem gosta de comprar, é ótimo!!

Saímos com a impressão que tínhamos voltado no tempo, com o sabor daquela época!!